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Glaucoma: da prevenção ao tratamento

publicado em 17 Abr. 2019

O glaucoma compreende um conjunto de doenças que provocam um dano progressivo e irreversível do nervo ótico. Esta estrutura é fundamental para a visão, uma vez que é através do nervo ótico que as imagens que a retina capta, se transmitem ao cérebro, para que ele interprete a visão.

 

O principal fator de risco para o glaucoma é a hipertensão ocular (tensões altas nos olhos). No entanto, há pessoas com a pressão intraocular elevada que não têm glaucoma e doentes com valores normais (menos de 21 mmHg) que podem sofrer da doença. Também a predisposição genética é um fator de peso importante em alguns tipos de glaucoma.

 

A chave para prevenir o dano irreversível que o glaucoma produz no nervo ótico é um diagnóstico precoce da doença para poder controlá-la antes que evolua. Dado que a maior parte dos casos não provoca sintomas até fase avançada da doença, são recomendadas consultas de oftalmologia a cada 2 anos a partir dos 40.

 

Metade dos doentes com glaucoma não sabem que o têm, porque, na maior parte das vezes, não há sintomas como dor ou baixa de visão. A doença pode passar despercebida até que o doente comece a perder a visão periférica de tal forma que comece a ter dificuldades em tarefas simples do dia-a-dia como a condução ou caminhar em locais menos conhecidos.

 

Já há muito tempo que o seguimento de um doente com glaucoma não se faz somente com a medição da pressão intraocular.

 

São muito úteis exames como o Campo Visual, o OCT do disco ótico e a Paquimetria (espessura da córnea). Esta é uma doença crónica que não se pode curar, já que não podemos substituir o nervo ótico e voltar a regenerar a visão perdida.

 

No entanto, podemos tentar controlar a doença para que não progrida mais, com colírios para baixar a pressão intraocular, lasers ou cirurgias. A maior parte dos doentes com glaucoma são controlados com a aplicação de gotas. Mas nos casos mais graves, ou nos doentes que fazem alergia ou apresentam irritação ocular permanente, poderá ser necessária uma intervenção cirúrgica.

 

No Trofa Saúde Hospital temos de dispositivos de drenagem que tornam a cirurgia de glaucoma minimamente invasiva, através de entradas de 2 mm (sem recurso a pontos) e intervenções mais rápidas que as cirurgias de glaucoma convencionais. A cirurgia é realizada em ambulatório, sem recurso a anestesia geral e com uns pós-operatório simples, sem o tradicional desconforto provocado pelos pontos.

 

O perfil de segurança destas cirurgias é muito alto porque, embora seja introduzido um implante, a anatomia do olho não é alterada.

 

Trata-se de uma patologia com gravidade variável, com tratamento individualizado para cada doente, sendo assim importante a avaliação por um especialista de glaucoma.